por Vitor Oshiro
Sei que o colunista Beto Carlomagno ficou incumbido de fazer críticas cinematográficas no blog. Porém, meu atual estado de desempregado, aliás, se alguém estiver lendo isto e me der um emprego eu ficarei muito feliz minhas longas férias fazem com que eu passe horas e horas assistindo a diversos filmes. Por isso utilizo o recomendamos de hoje para indicar um deles.
O filme em questão é a comédia romântica 500 Dias Com Ela [(500) Days of Summer, 2009]. A história é bastante comum: o moço conhece a moça, apaixona-se à primeira vista e o este relacionamento muda sua vida.
Porém, as semelhanças com outros exemplares do gênero param por aí. Fica claro que os personagens não são perfeitos. O modelo dessa falibilidade é o protagonista, que é formado em arquitetura, mas trabalha como um medíocre escritor de cartões; é bem mais velho que sua irmã, mas ainda recorre aos conselhos da caçula; quer namorar, mas tem medo de pedir; acredita no amor, mas não consegue sequer defini-lo.
E o mesmo molde é utilizado no relacionamento em questão. A narrativa começa exatamente no dia 1 e passeia pelo filme em ordem não cronológica. Assim, fica bastante evidente o desgaste que o tempo provoca em um relacionamento que parecia ser perfeito.
A temática do filme pode ser exatamente simplificada na inexistência do amor idealizado. E, se você ainda estiver em dúvida sobre esta mensagem, uma cena trata de acabar com elas. O protagonista vai a uma festa e a tela se divide em duas. Na esquerda, há as expectativas românticas dele e, na direita, a realidade.
Mas, acalme-se. O filme não é um drama depressivo. Com boas atuações e uma trilha sonora amena e coerente, a história traz um humor sem exageros que equilibra a frustração daqueles que esperam uma história de amor ideal.
E é exatamente esta falta de exageros, a melancolia bem humorada da realidade e a fuga da mesmice do gênero que não me deixaram arrependido de ter realizado o condenável ato de baixar este filme da internet ter ido ao cinema e conferido. Vale a pena.
Serviço:
Aii, foi um dos melhores filmes que vi no ano passado! A história só peca um pouquinho no final, viaja como todo filme romântico costuma fazer, mas ao longo da trama é impecável no que diz respeito a roteiro.
Acho muito legal o negócio de expectativas vs. vida real! É exatamente assim que funciona hahah.
E, claro, Zooey Deschanel é uma maravilhosa.
Muito bom o comentário sobre o filme Vitor, que realmente é de uma qualidade inquestionável. Ele é a comédia romântica menos romântica de toda a história (q eu me lembre), e ainda assim conquista a todos q assistem. Uma ótima dica para o fim de semana prolongado.
Dizem que essa mocinha, a Zooey Deschanel, é uma das grandes revelações do cinema que surgiram ultimamente.
Eu sei que ela fez “Sim, Senhor”, com o Jim Carrey, filme que eu tbm (infelizmente) não assisti. Snif.